Palo Alto

Há diversos filmes sobre a adolescência e seus dilemas e, embora seja mais um deles, a adaptação do livro homônimo de James Franco e primeiro longa da mais nova cineasta Coppola, Gia, Palo Alto, não deixa de ser interessante.

April (Emma Roberts) é uma adolescente tímida, sensível e extremamente insegura que vive dividida entre seu treinador de futebol, Mr. B. (James Franco) e Teddy (Jack Kilmer), um jovem e indeciso artista. Enquanto isso, Fred, o típico adolescente problemático e melhor amigo de Kilmer, envolve-se com Emily (Zoe Levin).

Presos em um ambiente repleto de anseios, desejos e vazios, os personagens acabam por utilizar as drogas, o sexo e a bebida para aliviar o aversivo.

O elenco não é extraordinário, mas apresenta boas atuações, com destaque para Roberts, em um de seus melhores papeis, e Jack Kilmer, uma revelação. A fotografia e trilha sonora são muito boas e se adequam perfeitamente às emoções transmitidas pelos protagonistas.

Palo Alto não é um longa perfeito; seu maior erro é apressar o desenvolvimento de suas histórias em uma tentativa falha de conectá-las na reta final, algo contornado pela boa e segura direção de Gia. Em alguns momentos, chega a relembrar a icônica série Skins, aclamada mundialmente pelo seu realismo. 

Apesar de seus equívocos, é um filme verdadeiro e encantador que certamente vale seu tempo.

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