Crítica | Maps to the Stars (Mapa para as Estrelas)

Mesmo sendo de David Cronenberg, diretor de clássicos bizarros como A Mosca, Mapa para as Estrelas é um filme incômodo ao extremo.

Completamente imersa em uma Hollywood suja e perversa, a família Weiss é liderada pelo psicólogo Stafford (John Cusack), famoso por seus livros de autoajuda. Enquanto trabalha com a decadente atriz Havana Segrand (Julianne Moore), sua esposa, Christina (Olivia Williams), foca na carreira do filho deles, Benji (Evan Bird), um jovem ator que acabou de sair da reabilitação.

Aparentemente longe disso, está a intrigante Agatha (Mia Wasikowska) que logo começa um relacionamento com Jerome (Robert Pattinson), um aspirante a ator, ao mesmo tempo que passa a trabalhar para Segrand, cada vez mais obcecada em estrelar a refilmagem do longa que consagrou sua mãe, já morta.

Tendo como fundo esse fascinante mundo, Maps to the Stars não é realmente inovador, mas choca e fascina quando necessário, o que só foi possível pelo ótimo elenco. Moore está sensacional e, como é usual, mereceu seu reconhecimento por essa atuação. Mia Wasikowska rouba a cena quando aparece, enquanto Evan Bird surpreende com seu talento.

Incêndios, incesto, assassinato, esquizofrenia. Todos são elementos utilizados pelo ousado roteiro de Bruce Wagner e transformados em cenas marcantes por Cronenberg. 

Repleto de um humor negro extremamente cínico, Mapa para as Estrelas é uma ótima sátira da Hollywood atual que, em alguns momentos, parece uma verdadeira tragédia grega. Recomendo.

Ficha Técnica:

Nome: Maps to the Stars
Ano: 2014
Diretor: David Cronenberg
Elenco principal: Julianne Moore, Mia Wasikowska, John Cusack, Olivia Williams, Evan Bird, Robert Pattinson
IMDB

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG LEITURAS E FOFURAS

Comentários