Crítica | Cold In July

Cold In July foi uma das gratas surpresas deste ano. O longa conta com Michael C. Hall, conhecido mundialmente por Dexter, como o protagonista Richard Dane, algo que certamente tornou esse filme algo tão bom. 

Richard é um pai de família comum que acaba por entrar em uma grande enrascada quando um ladrão invade sua casa ele atira no bandido. Após pouco tempo, todos na pacata cidade já sabem do ocorrido e o veem como um herói.

Abalado e confuso, ele arrisca a vida da esposa e filho ao perceber que o pai do assaltante (Sam Shepard) está na cidade buscando por vingança. O homem já foi preso e é extremamente perigoso, chegando a arrombar a casa de Dane. Porém, conforme o tempo passa, o protagonista nota que quem ele matou é alguém totalmente diferente do que lhe dizem.

Hall está ótimo e deve surpreender quem o conhece apenas pela cultuada série. Shepard tem um papel não muito original, que, quando unido aos outros, traz uma dinâmica muito interessante à história. O elenco principal completa-se com Don Johnson em uma participação inesperada, mas muito bem vinda.

Situado no final dos anos 80 e inspirado em um livro da mesma época, Cold In July encontrou no elenco e na direção de Jim Mickle sua força. Tudo começa devagar, mas, aos poucos, dá-se origem à algo incrível. É perceptível o quanto o longa melhorou com o passar de seus 109 minutos. Vale citar as cenas de ação, que são excelentes e fazem ótimo uso da fotografia. 

É um filme brutal e sujo. Uma pequena aula de como realizar um suspense primoroso. Recomendado.

Ficha Técnica:

Nome: Cold In July
Ano: 2014
Diretor: Jim Mickle
Elenco principal: Michael C. Hall, Sam Shepard, Don Johnson, Vinessa Shaw
Saldo final: 4/5

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