Crítica | Arsenic and Old Lace (Esse Mundo é um Hospício) [Aniversário de 70 anos]


Esse Mundo é um Hospício é umas das obras, se não a obra, mais malucas de Frank Capra. Foi lançado em 1944, um ano antes do fim da Segunda Guerra Mundial. Durante 1941 e 1945, Capra se dedicou a filmes de guerra, à serviço do país que adotou. Para alguém como ele, humanista com fé nas pessoas, deve ter sido um período delirante. Vendo assim, tudo se justifica. Mas esse longa foi rodado em 1941, três anos antes de seu lançamento. A ordem dos fatores mudou mas, felizmente, o produto não.

Baseado na peça homônima, Arsenic and Old Lace gira em torno de Mortimer Brewster (Cary Grant), um crítico teatral e opositor ao casamento que se vê casado com uma bela mulher, Elaine (Priscilla Lane). Pouco antes de sair em lua de mel, ele descobre que suas amadas tias são, na verdade, assassinas em série e que já mataram mais de uma dezena de homens.

Grande parte do elenco entrega atuações extremamente caricatas e exageradas, especialmente Grant, que em nenhum momento parece agir normalmente. Josephine Hull e Jean Adair, intérpretes das tias do protagonista, ao contrário do que se espera, aparecem sempre calmas e ralaxadas.

Mesmo tratando de temas tão pesados, o longa é uma grande comédia de humor negro. Em momento algum são feitas grandes reflexões.

Com um roteiro fiel ao material original, uma boa direção e uma trilha sonora marcante, Arsenic and Old Lace é um filme que merece ser visto.

Ficha Técnica:

Nome: Arsenic and Old Lace
Ano: 1944
Diretor: Frank Capra
Elenco principal: Cary Grant, Priscilla Lane, Josephine Hull, Jean Adair, Raymond Massey, John Alexander
Saldo final: 4/5

Comentários