Crítica | Rear Window (Janela Indiscreta) [Aniversário de 60 anos]

Basta uma testemunha para estragar o crime perfeito.

Rear Window é um dos filmes mais aclamados de Hitchcock. E não é por menos. A premissa simples, como em muitas outras obras do diretor, toma contornos complexos com a direção genial do mestre. No longa, que é voyeurismo puro, o diretor explora nossa posição de observadores do mundo alheio.

Jeff (James Stewart) é um fotógrafo que, após um acidente que o deixou incapacitado, passa a observar seus vizinhos pela janela de sua casa. Cada vez mais ávido por notícias e pequenos momentos de seus vizinhos, Jeff descobre uma nova obsessão. Porém, isso o leva a desconfiar que um de seus vizinhos assassinou a esposa.

Confirmando a genialidade de Hitchcock, Janela Indiscreta conta com uma narrativa passada inteiramente no mesmo lugar, mas prende completamente a atenção do espectador durante o decorrer da história, com a ajuda de um ótimo roteiro e de um cenário extremamente detalhado.

Além de contar com dois dos atores favoritos do diretor, James Stewart e Grace Kelly, o filme conta com uma boa trilha sonora, sempre presente nos momentos mais tensos.

E, da mesma forma que o personagem, somos meros espectadores da vida de Jeff e de seu relacionamento com Lisa (Grace Kelly). Afinal, o que é cinema, senão uma forma de voyeurismo?

Rear Window é a prova de que não se precisa de muito para fazer um filme bom. Um filme que vai além do que é observado, definindo o que é cinema.

Ficha Técnica:

Nome: Rear Window
Ano: 1954
Diretor: Alfred Hitchcock
Elenco principal: James Stewart, Grace Kelly, Thelma Ritter, Wendell Corey
Saldo final: 4,5/5
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