Crítica | Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Em 2010, Daniel Ribeiro, diretor e roteirista, lançou Eu Não Quero Voltar Sozinho, curta que nos apresenta Leonardo (Guilherme Lobo), um adolescente cego que se vê no meio de novas descobertas e de uma paixão inesperada por um novo amigo, Gabriel (Fábio Audi).

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, longa que expande o universo apresentado no curta, aprofunda a história, mantendo a essência do que já foi apresentado. Com muito mais recursos e tempo, o diretor pôde explorar a sexualidade e as dificuldade do protagonista com mais profundidade.

A narrativa é lenta, natural e realista, ao contrário de muitos filmes com temática adolescente, sem parecer forçada em momento algum. Sim, está tudo ali. O triângulo amoroso; a melhor amiga ciumenta (Tess Amorim). Mas a naturalidade com que tudo é retratado chega a ser espantosa.

Os atores, agora mais maduros, trazem vida à história. Guilherme Lobo está perfeito em seu papel, com uma atuação simples e tocante. Fábio Audi e Tess Amorim completam o trio de protagonistas e entregam boas atuações, além de estarem confortáveis em seus papeis.

Composta por poucas músicas, mas que se encaixam perfeitamente nas cenas, a trilha sonora é um dos grandes destaques, passando por Belle & Sebastian, Cícero e David Bowie.

Tudo que foi apresentado pode estar acontecendo neste momento, os personagens podem ser seus vizinhos ou amigos. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho é um filme real. Uma das pérolas do cinema nacional.

Ficha Técnica:

Nome: Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
Ano: 2014
Diretor: Daniel Ribeiro
Elenco principal: Guilherme Lobo,  Fábio Audi, Tess Amorim
Saldo final: 4/5

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