Crítica | Hable con Ella (Fale com Ela)


Fale com ela.

Tudo começa com Marco (Darío Grandinetti), um jornalista, assistindo TV. Está passando uma entrevista de Lydia (Rosario Flores), uma toureira, em que a apresentadora tenta de tudo para conseguir algum detalhe sórdido sobre a vida amorosa da toureira.

Interessado, Marco também tenta conseguir uma entrevista, o que gera um romance entre os dois. Enquanto isso, Benigno (Javier Cámara), um enfermeiro, cuida de uma bailarina em coma há quatro anos, Alicia (Leonor Watling).

Quando Lydia sofre um acidente e entra em coma, o caminho dos dois personagens se cruza. E, aos poucos, Benigno ajuda Marco à adaptar-se a situação. "Fale com ela", diz o enfermeiro.

Sim, as mulheres não escutam. E é aí que está o ponto forte do filme. Almodóvar, mestre como poucos, mostra em Hable con Ella que a comunicação não depende apenas da conversa, mas de sentimentos. E essa afirmação é comprovada em diversos momentos, seja ao som de Caetano ou em uma cena de um bizarro filme mudo.

No meio de um elenco feminino, Javier Cámara e Darío Grandinetti destacam-se com atuações excelentes.

Com um roteiro e direção de Almodóvar brilhantes, Fale com Ela é um filme que beira a perfeição. É um filme para poucos.

Ficha Técnica:

Nome: Hable con Ella
Ano: 2002
Diretor: Pedro Almodóvar
Elenco principal: Darío Grandinetti, Javier Cámara, Rosario Flores, Leonor Watling
Saldo final: 4,5/5

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