Crítica | Smashed (Smashed: De Volta a Realidade)


Um retrato fiel da luta contra o alcoolismo.

Kate e Charlie são casados e tem a bebida como elo do relacionamento. Ela é uma professora e ele, um jornalista. Um dia, sofrendo de ressaca, Kate vomita na frente de seus alunos e mente sobre estar grávida. Esse fato é, basicamente, o momento em que ela pensa sobre sua condição e se é uma viciada.

Beber nunca foi um problema, afinal, todos ao seu redor bebem. Mas, tudo muda quando as coisas passam de divertidas à preocupantes. O argumento mais utilizado do filme é a dificuldade do início do tratamento, passando por grupos como AA e estando sempre aberta à possibilidade de uma recaída.

A delicada direção de James Ponsoldt é natural e realista e transforma Smashed em um filme igual a vida: às vezes engraçada e divertida, às vezes triste, mas sempre real.

Tudo isso liderado por um ótimo elenco, encabeçado por Mary Elizabeth Winstead e Aaron Paul. Os dois estão ótimos em seus papeis, mas é Winstead o verdadeiro destaque do longa.

Nunca iria imaginar que ela poderia entregar uma atuação tão sensível e profunda quanto essa. A única coisa que lamento é o fato dela não ter ganhado o reconhecimento merecido por sua interpretação.

Ficar sóbria não deve ser fácil. A vida continua e as pessoas tem que seguir em frente, carregando o peso que o passado representa. Smashed deveria ser indicado para qualquer pessoa passando por esse processo. Na verdade, deve ser indicado para qualquer um.

Ficha Técnica:

Nome: Smashed
Ano: 2012
Diretor: James Ponsoldt
Elenco principal: Mary Elizabeth Winstead, Aaron Paul, Nick Offerman, Octavia Spencer, Megan Mullally
Saldo final: 4/5

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