Crítica | The Kids Are All Right (Minhas Mães e Meu Pai)


Estereotipar uma pessoa é muito fácil e um dos maiores problemas do cinema, demonstrando muito preconceito e falta de informação da sociedade. 

E The Kids Are All Right mostra como realizar uma produção que, mesmo tendo protagonistas lésbicas, não se atem à isso e se tornou um dos melhores filmes sobre família e suas relações.

Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore) são casadas e tem dois filhos, obtidos a partir de inseminações artificiais. Joni (Mia Wasikowska) está prestes a completar 18 anos e, por legislação, já tem idade suficiente para solicitar à clínica os dados sobre seu pai biológico. Após a insistência de Laser (Josh Hutcherson), o filho mais novo, os adolescentes resolvem procurar o pai.

E então, os dois descobrem Paul e a ordem da família se desfaz. Sua introdução é delicada, e as mães terão que decidir se ele é mesmo bem vindo como pai das crianças.

O roteiro de Lisa Cholodenko nunca deixa de lado o drama, mesmo com o filme sendo dividido em uma primeira parte mais leve e voltada a comédia e uma segunda parte mais dramática.

Annette Bening está sensacional. Sua interpretação é dura e sensível, sem nunca exagerar. Mark Ruffalo nunca esteve tão bem quanto aqui, em um papel que parece ter sido feito especialmente para ele. Julianne Moore está tão boa quanto sua parceira, em mais um papel reforçado por sua atuação delicada.

Com um elenco em sintonia, um roteiro bem escrito e uma trilha sonora que acompanha o tom da produção, Minhas Mães e Meu Pai (ótimo título nacional!) é um filme verdadeiro e tocante.

Ficha Técnica:

Nome: The Kids Are All Right
Ano: 2010
Diretora: Lisa Cholodenko
Elenco principal: Annette Bening, Julianne Moore, Mark Ruffalo, Mia Wasikowska, Josh Hutcherson
Saldo final: 4/5

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