Crítica | Apenas o Fim

Um longa independente nacional que representa a geração que cresceu nos anos 90.

Apenas o Fim é um filme realizado por Matheus Souza, um universitário do Rio de Janeiro. Então, já fica claro que é um filme realizado por iniciantes, sem verba, sem materiais adequados. Mas fico feliz em dizer que é bom, muito bom.

Tom (Gregório Duvivier, que ficou famoso após criar o Porta dos Fundos) está em mais um dia normal de sua vida, até que sua namorada (Érika Mader) chega e diz que está partindo. E, se ele desejar, terá a próxima hora para conversar e se despedir.

O filme é cheio de flashbacks e diversas referências à cultura pop da geração dos anos 90. Mas seu trunfo está nos diálogos, que são espontâneos, engraçados, tristes e isto torna os personagens muito próximos das pessoas assistem o filme. O que também contribui para isto é a dupla formada por Duvivier e Érika Mader, que estão muito naturais e não passam em nenhum momento a sensação de que as conversas foram planejadas e ensaiadas.

O fato da personagem de Érika Mader não ter um nome também chama atenção, mas é aceitável, pois não sabemos suas razões, para onde ela está indo, então o fato de não sabermos seu nome se encaixa perfeitamente.

Apenas o Fim é um filme peculiar, conduzido com extrema segurança por Matheus Souza. É um longa que representa o último sopro da juventude em um país que não dá o merecido destaque para este tema.

Ficha Técnica:

Nome: Apenas o Fim
Ano: 2008
Diretor: Matheus Souza
Elenco principal: Érika Mader, Gregório Duvivier
Saldo final: 4/5

Gregório Duvivier e Érika Mader

Érika Mader e Gregório Duvivier

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