Um grande clássico nacional, reconhecido mundialmente. Mas vou admitir. Ler Grande Sertão: Veredas foi um grande desafio. Sua estrutura e seu vocabulário realmente complicam a experiência mas, se você conseguir passar das primeiras páginas, não vai se arrepender.
Riobaldo é um ex-jagunço e, por meio de uma conversa -com alguém que não é explicado-, somos apresentados às suas memórias e ao seu mundo. Por meio de suas confissões conhecemos Diadorim, Joca Ramiro, Hermógenes, Zé Bebelo, Medeiro Vaz. Sofremos e amamos. Presenciamos grandes amores, aventuras, batalhas, traições, conflitos.
Com seus argumentos filosóficos, Riobaldo continua ensinando diferentes gerações, respondendo questões que simplesmente não tem tempo e continuam a serem refletidas nos dias de hoje.
“Como é que posso com este mundo? A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo no meio do fel do desespero. Ao que, esse mundo é muito misturado…”
Dizem que não há livros difíceis, mas sim, leitores despreparados. Realmente, Grande Sertão não é para novatos, mas isto não tira o brilho da obra, que desde seu lançamento vem acarretando cada vez mais admiradores. Um romance impressionante. Definitivamente, um marco.
Saldo final: 4/5
Saldo final: 4/5
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